Na noite desta sexta-feira, o Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci recebeu o espetáculo O casamento da Baratinha, com a Companhia Stromboli. O espetáculo atraiu centenas de crianças que ocuparam as 513 poltronas do teatro. A apresentação integra a programação do Circuito Cultural Sesi em Botucatu, uma parceria entre a Prefeitura e o Sesi-SP. A peça teve duração de, aproximadamente, 45 minutos, com classificação livre e entrada gratuita.
Com texto e direção de José Rubens Siqueira, a peça é uma releitura de um dos maiores clássico do folclore nacional que apresenta uma baratinha que quer casar e busca o noivo perfeito. Assim, começa a investigar diversos bichos da floresta entre eles o jacaré, sapo, carneiro, macaco e o rato.
Nesta busca, a baratinha encenada por Carú Lima, que dá um show de interpretação, conta com os conselhos de uma sábia coruja, com quem discute aspectos de sua própria identidade, proporcionando ao público uma oportunidade de autoconhecimento. Depois de muitas escolhas ela acaba se identificando com o Rato Ratão, que, tragicamente, morre antes do casamento, afogado em uma panela de feijão.
Durante o espetáculo a baratinha Carú Lima e os dois atores que animam os bonecos, João Grembecki e Paulo Carvalho interagiram com as crianças. Os bonecos são uma criação de João Grembecki, com músicas assinadas por Fernando Mastrocola e Jéssica Makino e fotografia de João Caldas.
{n}Histórico do grupo{/n}
Criada em 1996, pelos artistas João Grembecki e Tatiana Cavaçana, a Companhia Stromboli desenvolve novas técnicas do teatro de animação com bonecos de vara, marionetes, bonecos manipulados por fios, sombra, luva, mamulengos, ventríloquos, fantoches, figuras gigantes e máscaras, além da criação de figuras articuladas.
O primeiro projeto foi a peça Sherazade de José Rubens Siqueira e, posteriormente, estreou Vida de Cachorro. O passo seguinte foi a integração de diferentes técnicas como a chamada varionete, que são marionetes com varas modo de manipulação que permite movimentos precisos que só com o uso de fios não seriam possíveis.
A produção mais recente foi A Bela e a Fera, em 2008, releitura da clássica história de amor entre uma camponesa e uma fera que mora no meio da floresta. Além de atuar no teatro, a Companhia Stromboli desenvolveu um personagem de vídeo para o filme Tyger, que deu vida a um tigre manipulado por três artistas.
O trabalho resultou no prêmio especial de melhor filme da direção do 14º Anima Mundi 2006 e melhor animação brasileira pelo júri popular. Esse foi o primeiro filme brasileiro convidado a participar do Festival Internacional de Animação de Ottawa, prêmio de melhor vídeo no segundo Festival Latino Americano de Curtas-Metragens de Canoa Quebrada 2006.
Compartilhe esta notícia